UTFPR é alvo de operação que apura desvios de R$ 5,7 milhões
Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (13) a Operação 14 Bis, responsável por investigar o desvio de cerca de R$ 5,7 milhões de recursos públicos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) - Campus Cornélio Procópio, no norte do estado. A ação ocorre nas cidades de Uraí, Cornélio Procópio, Nova América da Colina e Maringá, todas no Paraná. A atuação de gestores e empresas que se uniram para fraudar licitações e contratos são os alvos.
A operação que recebeu o nome devido a empresa criada para facilitar os desvios financeiros é uma parceria entre a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF), a Controladoria Geral da União (CGU) e a Receita Federal (RF).
Investigações
As investigações apontaram a ocorrência de irregularidades graves em contratos celebrados entre a UTFPR-CP e empresas que prestaram serviços de manutenção predial, manutenção de ar-condicionado, manutenção de veículos, fornecimento de materiais de construção e serviços de reprografia.
Entre as irregularidades estão a suspeita de obtenção de informação privilegiada, formação de grupo econômico, uso de documento potencialmente falso ou insuficiente para atesto de capacidade técnica, pagamentos superiores aos valores contratados, superfaturamento, sobrepreço, frustração de concorrência, suspeita de pagamento de materiais não recebidos ou desviados, entre outros.
Força tarefa
Cerca de 90 policiais federais e servidores da CGU e Receita Federal cumprem 20 mandados de prisão temporária e 26 mandados de busca e apreensão, além de sequestro e indisponibilidade de bens.
Os presos serão conduzidos à Delegacia de Polícia Federal em Londrina onde permanecerão à disposição da Justiça.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, crimes contra o processo licitatório, sem prejuízo de outras implicações penais a serem constatadas,
UTFPR
Assim que a universidade recebeu a denúncia, imediatamente adotou medidas em âmbito administrativo, como, por exemplo, a realização de auditorias conduzidas por sua unidade de Auditoria Interna, além da demissão, mediante Processos Administrativos Disciplinares, de dois servidores envolvidos nas fraudes.
Com informações: https://pr.ricmais.com.br
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