google.com, pub-7850997522645995, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Professores da rede estadual do PR entram em greve a partir de segunda - Tribuna de São Jerônimo da Serra

Professores da rede estadual do PR entram em greve a partir de segunda

Professores da rede estadual de ensino votaram a favor da greve na manhã deste sábado (7) em Guarapuava, na região central do Paraná. Milhares de professores de todo o estado se reuniram no pátio do Guarapuava Esporte Clube. Após vários protestos, eles optaram por paralisar as atividades a partir da segunda-feira (9), quando as aulas deveriam começar em todo o estado.
'Governo do Paraná atacou direitos', diz presidente do sindicato (Foto: Marina Petri/RPC)
Governo do Paraná atacou direitos', diz presidente
do sindicato (Foto: Marina Petri/RPC)
Segundo o Governo do Paraná, 950 mil alunos da rede estadual de ensino devem ser prejudicados pela greve. Ao todo, as 2,1 mil escolas estaduais empregam cerca de 70 mil professores. Os telefones de todas as instituições de ensino estão disponíveis no site da Secretaria da Educação do Paraná caso os pais queiram tirar dúvidas.
Ainda de acordo com o presidente, durante a assembleia em Guarapuava, os professores também combinaram ações durante a semana.“A greve geral é consequência da irresponsabilidade do Governo do Paraná, que atacou direitos pelos quais lutamos décadas para conquistar” afirma o presidente Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (App), Hermes Leão.
Na segunda-feira e na terça-feira (10), estão programados atos em Curitiba.
Motivos que levaram à greve
O sindicato listou uma série motivos que levaram os professores a optar pela greve a partir de segunda-feira. Veja abaixo quais são:

- 29 mil professores PSS (contratados temporários) com atrasos de pagamento, sem acertos da rescisão, dispensados no final de janeiro;
- 10 mil funcionários de escola afastados com a promessa de corte de 30% do efetivo. De acordo com o sindicato, as escolas do Paraná carecem de mais funcionários para atender adequadamente os estudantes;
- Não pagamento de 1/3 das férias, o que equivale a cerca de R$ 150 milhões;
- Não pagamento de promoções e progressões de professores e funcionários durante todo o ano de 2014, direito garantido pelos Planos de Carreira dos dois segmentos. A dívida já soma 90 milhões;
- Atrasos do pagamento de convênios com escolas, entidades da educação especial, escolas itinerantes da reforma agrária;- Atraso sistemático no repasse de parcelas do fundo rotativo, utilizado para a manutenção e pequenos reparos nas escolas;
- Cancelamento da distribuição de aulas feitas em dezembro;
- Retomada de portaria antiga sobre o porte de escola, que reduz horas para direção das escolas, número de pedagogos e pedagogas, funcionários em número insuficiente para manter as escolas em condições de atender adequadamente os estudantes;
- Superlotação de alunos em salas de aulas;
- Cancelamento do processo de eleição dos diretores e diretoras das escolas.
Governo lamenta
Em nota, a Secretaria da Educação lamentou a decisão pela greve dos professores e lembrou que, nos últimos quatro anos, a categoria recebeu 60% de reajuste salarial e a ampliação de 75% na hora-atividade, dois avanços históricos em vencimentos e benefícios.

Ainda segundo o governo, em 2014, os investimentos do Paraná no setor superaram em R$ 1,8 bilhão o mínimo constitucional e o Estado aplicou na área 35% do orçamento.
Na sexta-feira (6), o Secretário de Educação do Paraná, Fernando Xavier Ferreira, falou sobre os problemas com a falta de professores e funcionários na rede estadual de ensino em uma entrevista à RPC. Ele havia garantido o reinício das aulas e orientou os pais a levarem os filhos para as escolas.  
Do G1 PR

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