google.com, pub-7850997522645995, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Índios protestam contra falta de abastecimento de água na reserva de São Jerônimo - Tribuna de São Jerônimo da Serra

Índios protestam contra falta de abastecimento de água na reserva de São Jerônimo

Índios da Reserva Indígena São Jerônimo, em São Jerônimo da Serra, realizaram uma manifestação nesta quinta-feira (17) para revindicar a volta do abastecimento de água na região, que estava em falta há cerca de seis meses.
Durante o protesto, cerca de 20 pessoas entre servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) da regional de Londrina e das secretarias  municipais de Saúde e da Educação que trabalham na reserva, ficaram impedidos de sair do local até às 16h.
O servidor da Funai, Gilmar Ferreira da Silva, explicou que tudo começou porque a Fundação Nacional da Sáude (Funasa) não cumpriu com o prazo estabelecido, há cerca de dois meses, de instalar uma bomba de água.
"A reserva possui duas bombas. A segunda, que atende cerca 64 famílias, precisava ser substituída. Como isso não aconteceu, os próprios índios desligaram há três dias a primeira bomba que atende outras 70 famílias, para que o protesto fosse feito por todos da reserva", explicou.
Durante o protesto, os servidores ficaram impedidos de sair da comunidade até as 16h. Silva conta que isso foi uma recomendação feita pelos índios e que o protesto foi pacifico. "A ideia era precionar para que o processo de abastecimento fosse resolvido", contou.
Para conseguir contornar a situação, o Serviço Municipal de Abastecimento de Água (Samae) foi até o local nesta quinta-feira e emprestou uma bomba até que a Funasa realize a instalação da bomba definitiva. "A Funasa não tem comprometimento, não tem respeito com essas famílias. Como pode deixar sem água por tanto tempo assim?", desabafou.
Silva ainda comentou que durante o período que as famílias ficaram sem água, as mulheres caminhavam 400 metros para buscar água na nascente e voltar com o balde cheio na cabeça.
Ele ressaltou que por conta da burocracia, diversas famílias foram prejudicadas. "Nossa primeira reunião foi há cerca de dois meses e ficou decido que a Funasa faria a instalação da bomba em 10 dias. Já se passaram 70 dias e nada foi feito, isso é uma total falta de comprometimento", declarou.

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